Joaquim Veríssimo Serrão, Professor Universitário e historiador, natural de Santarém (8/7/1925 - 31/7/2020).
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Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra (1948), foi leitor de Cultura Portuguesa na Universidade de Toulouse (1950-1960), onde obteve com distinção o grau de Doutor (1953), vindo ainda a doutorar-se em Ciências Históricas na Universidade de Coimbra (1956). Contratad para primeiro-assistente da Faculdade de Letras de Lisboa (1961), ascendeu, em 1965, a professor extraordinário da secção de História.
Director do Centro Cultural Português de Paris (1967-1972), regressou à Faculdade de Letras de Lisboa (1972) a fim de prestar provas para catedrático, em que foi aprovado por unanimidade.
Exerceu o cargo de reitor da Universidade de Lisboa (1973-1974) e foi, de 1980 a 1984, presidente da Comissão Instaladora do Instituto Politécnico de Santarém.
Recebeu em 1954, o Prémio Alexandre Herculano, em 1965, o Prémio D. João II e, em 1992, o Prémio Identidade Nacional.
É autor de centenas de trabalhos de investigação sobre temas da história portuguesa; de notáveis relações culturais com as Universidades de Espanha e de França; figuras e correntes da historiografia nacional; e ainda, sobre a história do Brasil nos séculos XVI e XVII.
É sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História, a que presidiu de 1975 a 2005, da Academia da Marinha, da Associação dos Arqueólogos, da Académie du monde Latin de Paris, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Brasileira de Letras e das Academias Nacionais de la Historia da Venezuela, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, da Colômbia, do Chile, Porto Rico e da República Dominicana, assim como de outras instituições científicas nacionais e estrangeiras, como a Real Academia de la Historia de España.
É igualmente Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier (1974), Complutense de Madrid (1995) (Cáceres).
É comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul, Brasil (1966), Grã-Cruz das Ordens do Mérito Civil (1990), e de Afonso X o Sábio, de Espanha (1995), da Ordem de Andrés Bello, da Venezuela (1994), bem como da Medalha de Plata da Galiza (1993).
No ano de 1995 foi distinguido com o Prémio Príncipe de Astúrias em Ciências Sociais e recentemente nomeado membro efectivo da Academia Europêa de Yuste (2000). Em 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada.
Pelo excepcional mérito do seu percurso pessoal e académico, recebeu a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra em 19 de Abril de 2007 e o título Professor Honoris Causa do Instituto Politécnico de Santarém em 2011.